Futuros Homens: criando meninos para enfrentar gigantes – Douglas Wilson

E então? Meninos e meninas devem ser educados da mesma forma? Como se forma o caráter de um homem de verdade? Acho esse assunto tão importante que fiquei extremamente feliz quando ouvi falar do livro “Futuros Homens”. Ainda nem li, mas já sei que é bom porque quem leu e recomenda é o Leonardo Galdino:

“Um Futuros Homensdos conceitos bíblicos mais preciosos que a igreja contemporânea precisa recuperar e comunicar com absoluta urgência a este mundo caído é o da masculinidade – a verdadeira, não a fingida (macheza, truculência). Ao longo dos últimos anos, sucumbimos diante do igualitarismo. Não conseguimos responder ao feminismo sem temer a pecha de “machista!”. Em outras palavras, não fomos suficientemente… viris. Nesse sentido, a leitura do livro pastor Douglas Wilson é mais que oportuna: é obrigatória. Ou recuperamos a masculinidade em nossos lares, ou mergulharemos de vez no mar sem fim do paganismo.

Ao longo de suas duzentas e onze páginas, o autor vai mostrar que a fé cristã não exclui expressões de virilidade como crianças brincando com armas de plástico; pelo contrário, ela as afirma. Afinal de contas, Jesus Cristo é aquele que matou o dragão, a antiga Serpente. Como filho de Davi, ele subjugou e derrotou o Golias da sua época (Lc 11.21-22). Homens precisam aprender que o mal deve ser combatido, e isso deve começar desde a mais tenra idade. Mas o livro não se limita a isso. Wilson trabalha questões como, por exemplo, bons modos para com as moças. O guerreiro, acima de tudo, é um gentleman. Seus pais tem a responsabilidade de prepará-los para serem bons maridos. A questão da liberdade cristã também é outro tema que permeia a obra. E se o garoto desejar fumar e beber, como os pais devem reagir? O pai deve ensinar seu filho a beber? Para o autor, somente Deus é o Senhor da nossa consciência, e essas coisas não são, em si mesmas, um mal. Mas é possível detectar algumas expressões de idolatria nos filhos em relação ao usufruto de sua liberdade. A verdadeira liberdade é serva. “Quando um filho exige liberdade para fins pessoais, pode estar certo de que alguém sairá prejudicado”, diz. O único ponto realmente controverso do livro é, a meu ver, a visão pedocomunialista (crianças participando da Ceia) do autor, no capítulo sobre Igreja e Culto (cap. 11). Mesmo assim, há muitas percepções dignas de apreciação e reflexão. Em muitos assuntos (e textos bíblicos), o autor consegue tirar leite de pedra.

A leitura é por demais agradável. Percebe-se nitidamente que o autor não foi disciplinado apenas nos livros de teologia, mas sobretudo nos de literatura (a boa literatura, diga-se). Não à toa, o capítulo de que mais gostei foi o 12 (“Gigantes, dragões, e livros”), no qual ele defende a importância do exercício da imaginação (Tolkien, Lewis, Bunnyan) para a formação do homem bíblico.

Mais do que recomendada, a leitura desse livro é, repito, obrigatória. O Centro de Literatura Reformada (CLIRE) está de parabéns por essa publicação em português (2013).”

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Aqui, o próprio Douglas Wilson explicando o que o levou a escrever o livro:

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